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segunda-feira, 22 de junho de 2009

AULA PREPARATÓRIA PARA DESAFIO 02 : CAP. 05: A POPULAÇÃO MUNDIAL

1 – ASPECTOS CONCEITUAIS DA POPULAÇÃO MUNDIAL

1 - Atualmente, a população mundial já ultrapassa os 6 bilhões de pessoas. É inegável que se trata de um contingente bastante numeroso de pessoas que necessitam de abrigo, alimentos, água, entre muitas outras coisas.
2 – Pode-se observar que a população mundial cresceu significativamente, a partir do século XVIII, quando a partir das inovações da Revolução Industrial, os avanços na medicina se fizeram presentes. O tamanho de uma população qualquer é o resultado de entradas ou somas e saídas ou subtrações.
3 - As entradas ou somas correspondem aos nascimentos e imigrações, ao passo que as saídas ou subtrações correspondem aos óbitos e emigrações. Assim, ao considerarmos o tamanho da população brasileira, ao longo dos tempos, temos que levar em conta não só o crescimento natural como também o saldo migratório, isto é, a diferença entre o número de imigrantes e de emigrantes.
4 - É evidente que, no caso da população mundial, as migrações são desconsideradas, pois são priorizadas as taxas de natalidade e de mortalidade. Afinal, nosso planeta não recebe migrantes vindos de fora e tampouco perde população para outro planeta.
5 - A taxa de natalidade refere-se ao número de nascimentos a um dado período, usualmente um ano. Ele expressa o número de crianças nascidas para cada grupo de mil pessoas. Ao se dizer que a taxa de natalidade de um determinado país é de 19‰, significa que, para cada mil pessoas da população desse país, nasceram 19 crianças naquele ano. Vale a pena comentar que as taxas de natalidade variam de um grupo de país para outro e refletem as condições de existências de suas populações.
6 - A taxa de mortalidade corresponde ao número de mortes ocorridas em um ano em relação ao total da população. Assim como ocorre com as taxas de natalidade, a de mortalidade também é expressa em grupos de mil pessoas. Por exemplo, uma taxa de mortalidade de 12‰ indica que, para cada grupo de mil pessoas da população, morreram 12. Quando as condições de existência podem ser consideradas boas, satisfatórias, a mortalidade tende a ser mais reduzida.
7 – O que percebemos, pelos fatos mais recentes, é que a população mundial está com uma tendência à desaceleração, e por volta do ano de 2040, estabilize em 10 bilhões. A partir daí, com as seguintes características: forte diminuição da natalidade, diminuição da população em atividade profissional, ou população ativa, aumento dos gastos em previdência.
2 ) DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
8 - A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras. O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos. As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas. Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana.
9 - As altas montanhas, as regiões polares e os desertos dificultam a ocupação humana, sendo bons exemplos de regiões anecúmenas. Por outro lado, existem regiões na Terra, nas quais os homens se "acotovelam" por falta de espaço. É o caso do sul, do leste e do sudeste da Ásia, que reúnem mais da metade da população do globo. Por esse fato, essa região é considerada um "formigueiro humano".
10 – O Crescimento da população mundial, os países mais desenvolvidos cresceram menos em população que os países de baixo rendimento que atingem mais do dobro dos primeiros.
11 – Pode-se esquematizar o crescimento da população mundial bem assim:
Ø Por volta de 1500, estima-se que a população mundial não ultrapassasse os 500 milhões de habitantes.
Ø Até 1650: alta natalidade e mortalidade devido a fome, guerras e doenças;
Ø Em 1800 essas estimativas apontam para cerca de 980 milhões.
Ø Entre 1650 e 1850: Revolução Industrial provocou diminuição da mortalidade nos países europeus;
Ø Entre 1850 e 1950: diminuição da natalidade nos países desenvolvidos (Europa);
Ø Em 1900 a população mundial rondaria os 1650 milhões de habitantes.
Ø A partir de 1950: explosão demográfica nos países subdesenvolvidos. As estatísticas mostram que a população mundial tem crescido de modo contínuo ao longo do tempo, porém com intensidades e proporções diferentes.
Ø No dia 11 de Julho de 1985, o planeta atingiu a marca de 5000 milhões de pessoas e em 12 de Outubro de 1999 essa marca era de 6000 milhões de habitantes
Ø De acordo com estimativas publicadas pelo IBGE, neste ano, a população mundial já ultrapassou os 6,8 bilhões de habitantes.

Relógio Mundial da População estima que a cada segundo nasçam 4,1 pessoas e morram 1,8
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12 – Quais seriam as conseqüências do Crescimento Populacional ? Mais de 400 milhões de pessoas carecem das calorias, proteínas e minerais necessários para manter o corpo e o espírito saudáveis, milhões de seres humanos padecem de fome permanente, milhares sofrem de deficiências por carências e infecções a que poderiam resistir se tivessem uma alimentação melhor. Aumento da pobreza absoluta, que é definida a partir de um nível mínimo de nutrição, e diminuição da riqueza absoluta, são aqueles que têm mais rendimento do que o que necessitam para satisfazer as necessidades básicas suas e da sua família: comida, vestuário, casa
13 - Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos, estatísticas nos dão conta que em 2050 poderemos chegar até 12,5 bilhões de habitantes no planeta. Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos consciência da importância que tem o estudo da população. Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se pela grande diversidade social. Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta das vantagens.

3 ) AS TEORIAS DEMOGRÁFICAS
14 – A primeira aceleração do crescimento populacional coincide com a consolidação do sistema capitalista e o advento da Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX. Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram.
15 - Entre as teorias demográficas surgidas na época, destacou-se a de Thomas Malthus, que ficou conhecida como Malthusianismo. Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
16 - Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; sujeição moral (retardar o casamento, elevar o preço das mercadorias, reduzir os salários, praticar a castidade antes do casamento e somente ter o número de filhos que pudesse sustentar com suas próprias terras,limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a Ter uma prole menos numerosa. Ao lançar suas idéias,, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o avanço tecnológico. Aos poucos essa teoria foi caindo em descrédito e desmentida pela própria realidade.
17 - A Segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países subdesenvolvidos. Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças.
18 - Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadas neomalthusianas. Novamente, os teóricos culpavam o desenvolvimento e a pobreza pelo crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos social.

4) AS TEORIAS DEMOGRÁFICAS
19 - Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”.
20 - O planejamento familiar é feito por entidades privadas e públicas, que se associam à indústria farmacêutica e à classe médica e recebem apoio dos meios de comunicação. O controle populacional é realizado de várias maneiras, que vai da distribuição gratuita de anticoncepcionais até a esterilização em massa de populações pobres (Índia, Colômbia e Brasil).
21 - Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Em outras palavras, ao contrários dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais pobre.

5) OS INDICADORES DE VIDA DA POPULAÇÃO
22 - Linha de pobreza é o termo utilizado para descrever o nível de renda anual com o qual uma pessoa ou uma famíla não possui condições de obter todos os recursos necessários para viver. A linha de pobreza é, geralmente, medida em termos per capita e diversos órgãos, sejam eles nacionais ou internacionais, estabelecem índices de linha de pobreza.
23 - O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que engloba três dimensões: educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população.
24 - O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo: Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo. Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio. Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto. Embora não exista nenhum estudo acerca de correlações, de causa-efeito, entre as áreas do globo terrestre, o clima e as latitudes com o IDH das nações, pela observação do mapa com cores indicando o IDH podemos perceber alguns fatos.
25 – São exemplos de países com IDH mais alto ficam geralmente nas maiores latitudes, locais de temperaturas médias mais baixas. É o caso da América do Norte, Europa Ocidental, Japão, Coréia do Sul, Austrália, Nova Zelândia.
Com relação aos de IDH ligeiramente menor nessas latitudes ficam a
Rússia e as antigas nações do "bloco comunista", países onde a Renda per capita é menor, havendo, porém, bons índices de alfabetização e expectativa de vida. Ficam aí também a Argentina, Chile e Uruguai, os países de clima mais frio da América Latina.
26 - Nações com IDH intermediário se encontram em sua maioria na
América Latina, no Norte da África, Oriente Médio, China, Ásia Central, Irã, nações que ficam entre as latitudes de clima mais frio e as regiões equatoriais. Os países de menor IDH estão claramente nas menores latitudes, climas mais quentes, com forte concentração na África e no Subcontinente indiano.Dentro do próprio continente africano pode ser percebida uma ligeira tendência de maior IDH nos pontos mais afastados da linha do Equador.

6) O SUBDESENVOLVIMENTO: ORÍGENS E ATUALIDADE
27- O termo subdesenvolvimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, nos documentos dos organismos internacionais, como a ONU e a UNESCO, principalmente. A "descoberta" do subdesenvolvimento deu-se com a descolonização e com a publicação pelos organismos internacionais de dados estatísticos dos diversos países do mundo (índice de mortalidade, salário, formas de alimentação, habitação, consumo, distribuição de renda, etc.). Esses dados revelaram um verdadeiro "abismo" entre o conjunto dos países desenvolvidos e o dos subdesenvolvidos.
28 - Quase todas as nações do Sul foram colônias antes de se constituírem em países independentes. Inversamente, nenhum dos atuais países desenvolvidos foi de fato colônia. Mesmo os EUA, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que teriam sido colônias da Inglaterra durante alguns séculos, na realidade não o foram.
29 - Durante a época moderna, do século XVI ao XVIII, os europeus unificaram a superfície terrestre, estabelecendo relações de troca entre quase todos os povos e regiões. Nesse período existiram dois tipos principais de colonização: de exploração e de povoamento. As "Colônias de Exploração", como México, Brasil, Peru e Bolívia, localizadas em áreas tropicais, serviram como fonte de enriquecimento de suas metrópoles. Existindo apenas para suprir as necessidades da metrópole, essas foram as verdadeiras colônias típicas, usurpadas e vilipendiadas.
30 - Diferentemente, nas colônias de povoamento, como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, não verificamos este processo de exploração predatória de riquezas. Sendo territórios situados na zona temperada, com condições naturais semelhantes à Europa, não serviam para a produção de gêneros agrícolas tropicais que eram reclamados pelo mercado europeu de então. O ouro e a prata só foram encontrados nos EUA e Canadá após a independência, para sorte desses países.
31 – A Sociedade e Estado no Subdesenvolvimento, é marcado pelo estado repressor, e Ilegítimo, ou seja, nos países subdesenvolvidos, o Estado foi montado pelos colonizadores com o objetivo de defender os interesses mercantis, baseando-se menos na coesão (nas leis, na tradição, na cultura), como ocorre nos países desenvolvidos, e mais na coerção, isto é, na força física, impositiva. Juntando-se a isso, a enorme disparidade entre a minoria dominante e a maioria explorada provocou um estado de violência quase que endêmico, baseado na pressão militar ou policial sobre as populações de baixa renda. É por isso que a democracia dificilmente consegue se firmar no Sul: mantém-se por curtos períodos ou existe apenas na teoria, salvo raras exceções, como parece ser o caso do Brasil de hoje, onde a democracia se consolida cada vez mais.

7) A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO MUNDIAL
32 - A realização de estudos sobre a população é de suma importância, esse pode ocorrer em níveis regionais ou globais, o primeiro se refere à busca por informações sobre os habitantes de um município, estado ou país, o segundo é mais abrangente, pois estabelece um agrupamento de informações, pois se trata de pesquisas que levam em consideração aspectos populacionais de vários países, continentes e o número total de pessoas no mundo.
33 - Conhecer as populações quanto ao número e suas condições socioeconômicas se faz necessário para implantação de projetos e medidas que atendam a realidade de uma determinada população. O censo, ao ser realizado, tem como objetivo conhecer o número de habitantes, os índices de crescimento vegetativo, índices de natalidade, índices de mortalidade, qualidade de vida, distribuição de renda entre outros, tais informações servem para que os governos realizem os orçamentos anuais direcionados aos serviços públicos, como educação, saúde, infra-estrutura, geração de emprego e muitas outras.
34 - A estrutura etária de uma população é a sua distribuição por idade que, tradicionalmente, divide-se em três faixas: A base - É a parte inferior da pirâmide, onde está relacionada a população jovem (0 - 14 anos ou 0 - 19 anos). O corpo - É a porção intermediária da pirâmide, onde está representada a população adulta (15 a 59 anos ou 20 a 59 anos). O cume, o ápice ou o pico - É a porção superior da pirâmide, onde está representada a população idosa ou velha (igual ou acima de 60 anos).
35 – Em uma população jovem: é própria de países subdesenvolvidos, pois estes possuem altas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida. Na População madura: caracteriza os países desenvolvidos jovens que ainda não completaram a transição demográfica. Possuem baixa taxa de natalidade e de mortalidade, baixo crescimento vegetativo. em uma população envelhecida: corresponde aos países desenvolvidos antigos que já completaram a transição demográfica. Possuem elevada expectativa de vida e crescimento vegetativo baixo, nulo ou negativo, tendo suas pirâmides estreitas na base e com o topo bem largo.
36 - A pirâmide etária é também um histograma e é muito utilizada em análises demográficas por permitir visualizar numa única imagem a distribuição da população por idades e simultaneamente compará-la entre os dois sexos em um determinado ano. Pode esboçar o perfil demográfico de um país, estado, região ou município, podendo associar-se com seu grau de desenvolvimento e ao seu estágio econômico. Os países que apresentam um elevado crescimento vegetativo, por exemplo, os subdesenvolvidos, apresentam uma estrutura etária jovem, ao mesmo tempo em que os que apresentam um moderado crescimento demográfico, os desenvolvidos, apresentam uma estrutura etária adulta e velha, devido à baixa taxa de natalidade.

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